

independente da minha existência. Enfim... Coisas óbvias! Num desses sábados, bem cedinho, eu estava na sede com outros praticantes sentado com as pernas cruzadas e as mãos esquecidas do corpo. Depois de um

Lembrei até das avós que não conheci, pois morreram antes que eu tivesse nascido. Meu coração se encheu de muita saudade. Foi uma inesperada reunião de família. Vou confessar uma coisa, eu sempre me senti assustado ao perceber que a importância do
papel dos "velhos" foi sendo transferida paulatinamente para meus ombros, na medida em que "eles" partiam e eu precisava ocupar seus espaços. Aquela gostosa sensação de calor, de conforto e de proteção que "eles" me proporcionavam, foram para as prateleiras da lembrança e passou a ser a minha função gerar esse conforto e segurança para aqueles que eu amo. Sinto-me tão deficiente nesta missão... Então como uma represa que não sustenta o peso do represado,

ao corpo que se repartiu para o outro existir... Lamento profundamente ter abraçado tão pouco meus pais. Fazem-me falta os abraços que poupei. Eu me achava um jovem tão “esperto” e considerava meus pais “pouco interessantes”. Porque
só agora consigo apreciar a nobreza que tinham? Porque tão tardiamente reconhecer a capacidade que tinham em gerar resultados e a
profunda sabedoria que havia em suas decisões? Meus pais eram
geniais e muito melhores do que e
jamais serei! Ontem eu pedi um abraço a minha filha Thaís. Num outro dia, lá na academia em que eu e o Felipe frequentamos, para o seu constrangimento, roubei-lhe um abraço seguido de um beijo. Felipe não me abraça,
encosta suas mãos em minhas costas, mas eu não me importo, eu já fui assim. É estranho, mas quando eu abraço meus filhos, sinto
estar abraçando meus pais também. Acho que é isso que somos, numa ponta os pais que tivemos e na outra somos nossos filhos que a vida fará encurtar as distancias do entendimento. Estou certo de que essa minha manifestação de carinho um dia será útil aos meus filhos, vão ter o abraço do pai para lembrar, quando estiverem no meu lugar como provedores de calor e segurança para quem for as pessoas da vez a serem amadas.

estar abraçando meus pais também. Acho que é isso que somos, numa ponta os pais que tivemos e na outra somos nossos filhos que a vida fará encurtar as distancias do entendimento. Estou certo de que essa minha manifestação de carinho um dia será útil aos meus filhos, vão ter o abraço do pai para lembrar, quando estiverem no meu lugar como provedores de calor e segurança para quem for as pessoas da vez a serem amadas.
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19-06-2012 |