Esses são minha filha Renata e meu genro Geovani. Sinto muita saudade deles, moram lá para as bandas de Dois Irmãos, na subida da serra de Gramado no Rio Grande do Sul. Fica à 1760 km de onde estou escrevendo esse texto. Fica um pouco menos do que a distante de Berlin a Moscou (1817km), quase a distância de Madrid, na Espana a Amsterdã, na Holanda (1775km), e de
Roma, na Itália a Varsóvia, na Polônia (1782 km). A distância consegue salgar
partes do coração deixando-o ardido, pois não é a distância de uma calçada ou
um quarteirão a ser vencido com passadas largas e em linha reta; são centenas
de quilômetros para ir e outros tantos para voltar. A distância metaforiza a
saudade numa garganta sedenta, que não tem água, por mais gelada, que a faça
morrer. Só me resta me enganar; finjo que não ligo, que nem quero tanto assim
estar junto. E a Terra gira, os dias viram noites e as noites sempre amanhecem.
E num dia qualquer como hoje, e numa hora qualquer, como agora, ela vem de novo
como chuva fina, depois chuvarada de verão e quando vejo sou levado de novo a
sentir o abraço forte da saudade... Nos últimos tempos a saudade foi aumentando
na medida que foram nascendo meus lindos netinhos: Isabela, Lucas e Davi. Mas
eu digo: É muito melhor ter uma saudade
ardida do que não ter a quem sentir a ausência.
Eu amo vocês. Deus os abençoe!
Ricardo Cacilias
- 01/04/2022 -