Tive dias em minha vida que me julgava muito esperto, sagaz, capaz de fazer tudo que eu queria e conquistar tudo que eu desejava; não pensava muito sobre isso, mas sentia como se fosse viver para sempre... O tempo (sempre ele), pacientemente foi descosturando as majestades desse meu traje de príncipe, o tempo foi ordenando os valores e afinando percepções mais realistas dentro do meu entendimento. Não sei quanto aos outros, mas para mim, crescer dói.
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Meu pai, na idade em que me encontro agora, tinha tudo que eu ainda estou lutando para conquistar e acima de tudo, tinha uma família unida. Hoje me pergunto, quem foi o mais esperto? Quem foi o mais sagaz? Quem fez tudo que queria e conquistou tudo que desejava?
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Se ao invés de ter transbordado tanta vaidade e orgulho em muitos momentos do nosso relacionamento, eu tivesse absorvido com humildade a sua sabedoria e conhecimento, esse texto estaria agora repleto de outras palavras.
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Tivemos bons momentos e momentos não tão bons, ele morreu num ano em que nossos momentos não estavam tão bons...
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Não vou dizer que um dia vamos nos encontrar e poderei dizer tudo que deveria ter dito ao longo de anos de convivência e beijá-lo e abraçá-lo sem fim, porque em minhas orações já tenho feito isso, mas beijá-lo e abraçá-lo sem fim, sim, isso eu farei!
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Te amo meu pai e muito obrigado pela vida.
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11-08-2019 |
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