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20 ANOS COM VOCÊ...
Estou feliz, hoje é dia dois de dezembro de 2011 e minha filha Thaís está fazendo 20 anos. Quando coloquei aquela velha mochila nas costas e disse para meus pais que iria ganhar o Mundo, não pensei que viria até aqui rolando ladeira abaixo, fingindo estar sobre o controle de tudo, fazendo caras e caretas de que eu me ordenava, enquanto enchia a boca de gramas e cascalhos... Nós escrevemos o nosso destino, mas é Deus quem autoriza o roteiro. Entre as idas e vindas da minha vida, consegui esticar meus braços e colhi 4 estrelas do céu; a cada estrela dei um nome: Renata, Marcelo, Thaís e Felipe. Fico pensando se depois de tantas escoriações, se depois de tantas mochilas aquecerem minhas costas, como seriam minhas noites sem as luzes dessas estrelas? Quando a gente cresce a roupa vai apertando, não dá mais para vesti-la, mas sinto saudade de ser filho, sinto saudade de meus pais, sinto saudade de suas vozes me chamando, sinto saudade de como era a minha vida antes de resolver ser abusado e querer me vestir de adulto. Hoje, no aniversário de 20 anos da Thaís, lembrei dos meus pais e chorei. Eu
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Thaís |
pensava ser o senhor da minha vida, mas reconheço hoje que o senhor da minha vida é o Deus que me habita. Uma vez assisti a um filme com uma cena de atropelamento, em algum momento da vida daquela pessoa, durante uma caminhada, ela esbarrou-se com a morte vigilante. Logo após o acidente, o filme para e retrocede 10 minutos e, passo a passo, são mostradas diversas situações que teriam impedido aquele atropelamento: ao chegar no elevador a pessoa o encontra repleto, poderia ter aguardado o seguinte mais vazio, ao invés de ter se espremido; ao chegar na portaria vinha chegando uma senhora com bolsas, ao invés de segurar a porta e deixar a senhora passar, a pessoa apressa uns passos e sai antes da senhora chegar; já na rua alguém pede uma informação e ao invés de parar, de ser solidário, apenas emite uma resposta curta "não sei onde fica..." e se afasta apressado. Qualquer um desses momentos faria a pessoa se atrasar um minuto no encontro com a morte, teria a visão do carro que a mataria, passaria em sua frente e se afastaria... Um desprezível momento e toda a sua vida muda. Tenho procurado viver intensamente essas desprezíveis frações de segundos, porque a vida é preciosa e não pode ser refeita. Hoje acordei cedo e me lembrei do aniversário dela. Pensei: "O que vou fazer para que ela saiba que hoje é um dia especial para mim?" Eu nunca havia dado flores para a
minha filha... era
isso, então, que eu iria fazer! Flores não têm vida longa, mas às vezes vivem para sempre. Eu queria me sentir especial para dar aquelas flores; tomei um longo banho, coloquei uma camisa nova, usei meu tênis bonito da Mr Cat, coloquei meu perfume preferido em volta do pescoço e ajeitei meu cabelo, puxava uns fios pra lá e pra cá sobre a testa para dar um ar jovem e natural... Cara, como sou ridículo! Tem uma floricultura na Farme de Amoedo, em Ipanema, que vende umas rosas colombianas que se abrem lindas e duram mais tempo. Parece que o português cobra o valor das flores e as passagens do avião que as trouxe ao Brasil. Fui entrando e dizendo: “Hoje é o aniversário da minha filha! Vim comprar flores!” Eu parecia meio abobado de alegria por estar fazendo o que estava fazendo. Fui atendido por uma vendedora, que me sugeriu: "Dê rosas rosa misturadas com essas rosas lilases." Nossa, pensei, eu nunca tinha visto uma rosa lilás, era lindíssima...
"Gostei! Quero meia dúzia de cada..."
Sobre o balcão havia um cartão branco para escrever alguma coisa. Era um cartãozinhozinho, escrever o que quando se tem tanto para dizer? Fui criativo: "Feliz aniversário filha. Te amo. Papai." Peguei as flores, coloquei no meu colo, sentei na moto e fui para a casa da sua avó. Ao chegar, interfonei e pedi que ela descesse. Escondi as flores atrás de uma coluna de sustentação do prédio e esperei. Thaís chegou com seu sorriso na frente, lhe dei um longo abraço e um beijo: "Feliz aniversário, filha!" Ela sorriu. "Obrigada, pai!" Perguntei se teria “festa” mais tarde, ela disse que iria num bar com o Felipe, meu filho, primos e uns amigos. Meio sem saber o que dizer, disse qualquer coisa para dar continuidade à conversa: "Estou convidado? Posso ir?" Falei por falar... Ela disse rindo: "Naaão, pai! Não chamei nenhum velho, nem a mamãe vai..." Ai! Com essa, minha franja ficou desarrumada! Ela está linda com aqueles zoião que eu tão bem desenhei.
Lembrei que tinha que trabalhar, puxei as flores de trás da coluna e disse:
"São pra você..."
As flores e a passagem de avião ficaram baratas, meu presente foi assistir a sua expressão de surpresa, ver refletidos em seus olhos as rosas que eu segurava em minhas mãos. Thaís abraçou as flores como quem abraça uma criança e o som do papel laminado se dobrando parecia fogos de uma noite estrelada de São João. Eu me senti o maior "cara" do mundo! Nos beijamos, subi na moto e continuei rolando ladeira abaixo, gastando a gasolina pelos caminhos da vida...
Essa noite resolvi festejar seu aniversário, escrevendo esse texto para dizer como ela é importante pra minha vida...
Feliz Aniversário, filha.
02-12-2011
Um comentário:
LINDA SUA FILHA, E COMO VOCE DESCREVEU SUA CAMINHADA!PARABENS!
O Significado de Mil | Pr. Olavo Feijó
2 Pedro 3:8 - ¶ Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
Querendo nos confortar, quanto à nossa compreensão terrena do calendário divino, o apóstolo Pedro escreve: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (II Pedro 3:8).
O contexto da declaração de Pedro foi a campanha terrorista, surgida no meio cristão, segundo a qual “o Senhor atrasa o cumprimento de Suas promessas”, uma das quais seria o “dia do Senhor”. Aparentemente, desde a ascensão aos céus, houve cristãos impacientes quanto à data da segunda vinda de Jesus. O assunto chegou a merecer as cartas aos Tessalonicenses, escritas por Paulo. Ao usar a metáfora do “um dia é como mil anos”, Pedro propõe que a solução do problema seja transferida para os planos do Senhor, ao invés de ficar limitada à cronologia dos tempos do homem.
Nós, cristãos, raciocinamos na impaciente contagem do “um dia”. O Senhor quer nos promover para o nível muito mais alto do “mil anos”. Moisés entendeu esta verdade e procurou passá-la para nós, quando escreveu o Salmo 90: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que o nosso coração alcance sabedoria”. E o Senhor Jesus, que veio a partir dos “mil anos” da eternidade do Criador, disse no Sermão do Monte: “Portanto, não se preocupem com o amanhã... Basta a cada dia o seu próprio mal”. A realidade pura e simples, revelada pelo Espírito de Cristo, é que fomos chamados para a comunhão com o Senhor dos mil anos. Fomos chamados, cada dia, não importando o mal do próprio dia, para vivenciar as soluções já preparadas pelo Senhor dos mil anos. O Cristo Jesus que nos concede vitória e significado, estará conosco até o final dos tempos. Este é o significado de mil...
BJS LÉA
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