Olá amigo dos meus textos noturnos. Estou perdendo as minhas digitais... Não é uma imagem filosófica da busca da identidade... De tanto lavar roupa a pele dos meus dedos está ficando bem fina... Tenho um note HP que acesso pela leitura digital de meu polegar, simplesmente ele não me reconhece mais... Estou me especializando em manter a casa um “brinco”, gosto de ver as coisas no seu lugar, limpas e organizadas. Estou passando roupa que é uma maravilha. Passo primeiro as mangas compridas e depois o colarinho, então passo a parte mais fácil... Fico igual a um idiota dizendo para as pessoas, “fui eu que passei essa camisa...” Comprei uma capa nova para a tábua de passar, a antiga tinha um buraco onde se apóia o ferro, feito pela antiga empregada. Faço lista de compras, vou ao supermercado, peço opinião às senhoras ao meu lado sobre qual produto é melhor do que aquele... Na cozinha estou procurando dar mais sabor aos meus pratos. Eu tinha um fogão de 4 bocas comprado no século XX, joguei fora e comprei um todo de aço com 5 bocas... o “bichinho” só falta dizer bom dia... Ao fim do dia, cansado, gosto de entrar no meu quarto com cara de "quarto de hotel"; cama feita, tudo esticado, travesseiros fofos e fronhas limpas... Gosto de lençol frio, só compro lençóis de 200 fios para cima, é um dinheiro muito bem investido! Eu queria provar a mim mesmo que não era apenas um porco chauvinista, que havia brechas humanas no meu comportamento e que qualquer terra seca pode ser florida se receber as sementes certas e a água da chuva. Estou numa separação lenta e dolorida da minha barriga... É duro, após tantos anos, saber que nossa relação não poderá crescer como antes... Estou fazendo dieta e exercícios! Estava há algumas semanas pesando 91 quilos e 700 gramas. Hoje estou com 87 quilos e duzentas gramas, são 4 quilos e meio a menos, e a saga continua... Quero chegar ao peso que estava em 1991, 80 quilos. Neste momento meu relógio marca 01h 35 da manhã de segunda-feira do dia 14 de novembro do ano do senhor de 2011. Minha máquina de lavar roupa começou a centrifugar, parece um carro cheio de vidro capotando ladeira a baixo, larguei o teclado e fui me abraçar à máquina para não fazer tanto barulho e acordar todo o bairro de Humaitá... As madrugadas exercem um poder superlativo aos meus sentimentos, sinto falta de uma mulher ao meu lado... Talvez, meu amigo, você tenha pensado que sinto falta é de uma funcionária para fazer as coisas que relatei antes... Não! Posso te assegurar que não! Este vaso cheio de testosterona precisa de uma flor feminina para ser germinada, sem isso a vida fica sem gosto, sem perfume, sem propósito, parece que não vai dar em nada... Se o sexo fosse à grande questão, qualquer “prima” me deixaria satisfeito e por um preço muito menor e sem o risco de uma pensão; em verdade vos digo, é na companhia de uma mulher que um homem encontra a sua plenitude – o seu êxtase! Tenho certeza de que não existe pele mais macia e saliva mais doce do que o de uma mulher; de que nada é mais sedutor que suas curvas e que nas duras horas das adversidades, seu colo e o perfume do seu sexo é a sagrada mistura da paz e da coragem. A mulher pensa, fala, enxerga e interpreta o mundo de uma maneira única e sem acesso ao homem. Estar sem o convívio de uma mulher é ficar longe desse conhecimento. Apesar do mundo estar dominado pelo poder e pelo trabalho da mulher, me trás grande prazer me sentir seu protetor, adulador e enamorado. Minhas palavras, sem originalidade, repetem o óbvio, não existe comunhão sem a mulher e não existe vida sem a mulher... Como um homem de origem no século XX acredito que nada substitui o amor, na verdade, após ele, tudo nos é acrescentado... Era para ser uma introdução de outro texto, mas ganhou vida própria e saiu do meu controle... O outro texto sai outro dia... Fico então despido de justificativas, de argumentações, de conceitos eruditos; de maneira simplória e telúrica afirmo... Sem mulher eu não existo!!!
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