da indiferença e desencontros, buscando aqui e ali um coração fértil para germinar; para gerar uma planta sem caule, sem folhas e sem frutos. Chega como uma leve brisa de fim de tarde, sem alardes, sem trombetas e suas raízes se espalham em todas as direções trançando uma longa teia de raízes finas e penetrantes. Procura se alojar no peito, acomoda-se entre as costelas e ali faz a sua morada. Seu alimento é a cota diária de esperança que Deus renova pelas manhãs. Quanto mais ela se alimenta, mas sentimos fome, até que tudo passa a ser apenas um nó de raízes secas no lugar em que antes havia um coração fértil. Mas... Ela não é um destino, é uma sombra que se desfaz na luz. Ela não é o silêncio do vácuo, pois se houver voz, a fala é livre. Ela não é uma prisão, pois não é mais forte do que a iniciativa. Não deixando que ela se alimente do Manah de esperança que Deus renova todas as manhãs, ela será levada pela mesma brisa de fim da tarde que a fez chegar. Agora, não se apaixone pela solidão, porque ela não retribui amor e nem sinta auto piedade. Apaixone-se por você...